Hora Certa em Mosqueiro

sábado, 11 de setembro de 2010

GUARUMÃ OU ARUMÃ

Para conservação da carne e da caça ou do pescado, os tupinambás utilizam o moqueio, técnica tradicional onde, sobre uma grelha feita com pau de tucumã e envolto na folha de guarumã, a carne fica exposta a um fumeiro feito com a lenha do murucizeiro ou do maraximbé.
(A origem do nome "Mosqueiro") - Revista Ilhas Amazônicas - Edição 01 - Inaugural - Jan/2006

GRELHAS


GUARUMÃ

Arumã (ou guarumã)

Ischnosiphon spp.

A cestaria de arumã é uma forma de arte milenar, ensinada aos homens baniwa pelos seus heróis criadores e cujos grafismos foram inscritos pelos antepassados nas pedras, em forma de petroglifos, para que nunca fossem esquecidos.

Para os Baniwa, fazer arte de arumã é condição da pessoa plenamente cultural.

figura ao lado: arumã


Arumã (ou guarumã)

Ischnosiphon spp.

Família das marantáceas

Ocorre em regiões semi alagadas

Espécie de cana de colmo liso e reto, oferece superfícies planas, flexíveis, que suportam o corte de talas milimétricas; o colmo da planta é descascado, raspado e ariado, pode ser tingido ou mantido na cor natural; também usado com casca, que lhe confere maior resistência e uma cor pardo clara laqueada.

O arumã é utilizado pelos povos indígenas amazônicos, a partir do Maranhão.

Os Balaios (waláya) são utilizados tradicionalmente para guardar mantimentos como farinha, beiju, tapioca e frutas. Eles podem ser feitos de tamanho grande, médio e pequeno. São extraídos de uma planta chamada Arumã do mato. Para obtê-la é necessário ir buscá-la na cabeceira dos igarapés na terra firme ou na capoeira, tirando na medida dependendo do tipo de artesanato que se pretende fazer. Depois disso deve raspá-la, lavar, deixar secar e logo após pintar de preto ou vermelho de urucum, misturar com verniz do mato para dar tal brilho excelente. Depois de secar a tinta começa-se a tirar em talas de tamanho igual, prossegue-se a fazer já para ter o nome de Balaio ou Urutu, tecendo os desenhos que preferir até o acabamento.

http://www.pontosolidario.org.br/baniwa.htm



Journal of Ethnobiology

Published by: Society of Ethnobiology


Journal of Ethnobiology 26(1):36-59. 2006

doi: 10.2993/0278-0771(2006)26[36:PRAMOA]2.0.CO;2

PARTICIPATORY RESEARCH AND MANAGEMENT OF ARUMÃ (ISCHNOSIPHON GRACILIS [Rudge] Köern., MARANTACEAE) BY THE KAIABI PEOPLE IN THE BRAZILIAN AMAZON

SIMONE FERREIRA DE ATHAYDEabe, GERALDO MOSIMANN DA SILVAbce, JEWYT KAIABIf, MYAUIUP KAIABIf, HELDER ROCHA DE SOUZAe, KÁTIA ONOe, and EMILIO M. BRUNAbd

aSchool of Natural Resources and the Environment; (SNRE)

bCenter for Latin American Studies, Tropical Conservation and Development Program (TCD)

cDepartment of Geography

dDepartment of Wildlife Ecology and Conservation University of Florida, Gainesville, FL 32611-5531

eInstituto Socioambiental (ISA), Av. Higienópolis n°. 901, sl 30, São Paulo, SP, 01238-001, Brazil

fXingu Indigenous Park, Brazil. Associação Terra Indígena Xingu—ATIX. R. 3 Passos, 93, 78640-000, Canarana, MT, Brazil

ABSTRACT

Participatory research among the Kaiabi people at Xingu Indigenous Park in the southern Brazilian Amazon was conducted to support sound natural resource management. We studied aspects of the ethnoecology of an understory herbaceous plant, arumã (Ischnosiphon gracilis, Marantaceae), used in basketry weaving by Kaiabi men. Results of a three-year survey comparing arumã populations and of a transplanting experiment evaluating the growth of arumã seedlings in four different habitat types are presented. These, combined with discussions with Kaiabi communities and with results of studies conducted in other parts of the Amazon Basin, support a five-year rotating management strategy that allows for regeneration of harvested arumã populations.

RESUMEN

Foram conduzidas pesquisas participativas junto ao povo Kaiabi no Parque Indígena do Xingu, sul da Amazônia brasileira, como subsídio ao manejo sustentável de recursos naturais. Foram estudados aspectos da etnoecologia de uma planta herbácea de sub-bosque, o arumã (Ischnosiphon gracilis, Marantaceae), usada pelos homens para confeccionar peneiras com desenhos gráficos. São apresentados resultados de um inventário de 3 anos comparando populações de arumã e de um experimento de transplante de mudas para avaliar o crescimento do arumã em quatro ambientes diferentes. Com base nestes resultados, em discussões com as comunidades Kaiabi, e em resultados de outros trabalhos sobre o arumã realizados na Amazônia, sugerimos uma estratégia rotativa de cinco anos para possibilitar a regeneração de populações de arumã colhidas.

RÉSUMÉ

Afin de soutenir une gestion saine des ressources naturelles, nous avons réalisé une recherche participative parmi les Kaiabis habitant le parc indigène Xingu, lui-même localisé dans la région sud de l'Amazonie brésilienne. Une de ces principales ressources consiste en une fibre tirée d'une plante herbacée appelée arumã (Ischnosiphon gracilis, Marantaceae), laquelle est utilisée par les hommes kaiabis pour le tressage de paniers. Cette recherche inclut également les résultats de trois années d'études pendant lesquelles différentes populations d'arumãs, à la fois indigènes et transplantées dans quatre types d'habitats, ont été suivies et comparées afin d'évaluer la croissance de jeunes plants d'arumã. Les résultats obtenus lors de notre étude couplés à ceux des recherches réalisées ailleurs dans le Bassin amazonien ainsi que les discussions que nous avons eues avec les communautés kaiabies nous amènent à proposer une stratégie de gestion basée sur une rotation à tous les cinq ans permettant ainsi la régénération de populations d'arumãs où des récoltes ont été effectuées.



2 comentários:

  1. Guarumã planta em abundância aqui em Tracuateua - Pá.

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  2. Meu pai fazia essa arte, pena que era criança quando ele praticava, depois faleceu e só restou a lembrança.

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