A influência da cultura tupinambá deixou suas marcas em Mosqueiro, a começar pelo próprio nome. Alguns estudiosos, entre eles Meira Filho, atribuem o termo Mosqueiro a um processo de corruptela do termo Moquém ou Moqueio. Com o objetivo de conservar a carne da caça ou do pescado, os tupinambás utilizam o moqueio, técnica tradicional onde, sobre uma grelha feita com pau de tucumã e envolto na folha do guarumã, a carne fica exposta a um fumeiro feito com a lenha do muruciceiro ou do maraximbé. Nos primeiros séculos de colonização portuguesa, o litoral era responsável pelo abastecimento da cidade de Belém. Os tupinambás submissos, também conhecidos como tapuias eram encarregados desta tarefa. Como não possuíam a cultura do sal e não dispunham de tecnologias como a refrigeração, as praias de Mosqueiro, caminho obrigatório para quem chega em Belém, foram palco da prática intensiva do moqueio. Os colonizadores não conheciam o termo Moqueio, mas conheciam Mosqueiro, nome dado a algumas localidades de Portugal e Espanha, logo concluíram era a ponta dos Moqueios, a ponta da Musqueira, a ponta do Mosqueiro.
Disponível em:
http://www.istoeamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=107&Itemid=1
*Eduardo Brandão é escritor, pesquisador e professor da UFPA. Dedica-se há mais de 10 anos à pesquisa de ilhas próximas à Belém. A fonte deste texto é a edição inaugural da revista "Ilhas Amazônicas"/Janeiro 2006.
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*Eduardo Brandão é escritor, pesquisador e professor da UFPA. Dedica-se há mais de 10 anos à pesquisa de ilhas próximas à Belém. A fonte deste texto é a edição inaugural da revista "Ilhas Amazônicas"/Janeiro 2006.
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