30/12/2008
PELAS RUAS, PRAIAS E COMIDAS DE MOSQUEIRO
Para que não apareçam os que reclamam pela falta de posts gastroturísticos por aqui, vamos logo com dois deles.
Neste, vou contar uma ida ao Mosqueiro. No seguinte, uma aventura bem mais distante das minhas habituais andanças pelas ruas de Belém: em terras paulistanas. Mas ambas com vocação bastante popular.
Na semana passada estive no Mosqueiro, desta feita com a Lara e o Jason, em tour sentimental de quem ama esta terra. Passeio pela ilha, que vem a ser um distrito de Belém, incluindo a Igreja Matriz, para conhecer pessoalmente, eu só a vira em fotos, a nova imagem de Nossa Senhora do Ó, que aparece grávida, e já foi objeto de post neste blog. É bonita mesmo, trabalho de primeira categoria. Parabéns ao artista que a esculpiu, ao Pe. José Maria Ribeiro, que o localizou e aprovou o trabalho, e aos católicos de Mosqueiro, pela bela imagem da padroeira.
Depois, às tapioquinhas e aos mingaus. A barraca da Dalva estava fechada e ficamos em outra, vizinha. Minha dedicação quase religiosa às tapiocas da Dalva e a lembrança do mingau do Tutu, comprometem o melhor esforço de qualquer concorrente. Mas, comemos bem. Afinal, tapioca de Mosqueiro é sempre muito boa. Uma curiosidade: a quantidade de abelhas, viciadonas no cafezinho. Já viu isso? Bastou colocar um copo para elas no balcão e tirar os copos da nossa mesa, que elas mudaram-se.
Passeios outros e lá fomos para a praia do Paraíso, minha preferida de muitos anos, embora prejudicada pela invasão imobiliária no pedaço. A água estava beleza e quem gosta lá meteu-se nela, um público pequeno, bom de conviver. Havia até uma família judia, acho que ele seria rabino, tomando banho rigorosamente dentro das práticas que lhe prescrevem a religião. Bonito. Teve chuva e não saímos de lá - tem coisa mais gostosa do que pegar chuva em praia de rio?
Por causa dos chuviscos o almoço foi no restaurante do Hotel Fazenda Paraíso, debruçado sobre a praia. Da última vez que lá almocei, o famoso pescadão frito, na telha, não havia correspondido, como registrei em post anterior. Mas confiamos. Pedimos também uma pescada com molho de camarão.
Hallelujah! (do Messias, de Handel) seria uma boa trilha sonora, até por ser a semana do Natal.
O peixe estava delicioso. Na verdade os peixes, pois eram dois pescadões, que já começaram enchendo os olhos (confira na foto abaixo) e depois agradaram com ternura o paladar, oferecendo aquele sabor resultante do equilíbrio da arte de temperar, onde cada elemento entra na quantidade exata, com a técnica de fritar, alcançando uma crosta torradinha, que eleva a salivação (até agora, quando escrevo...), mas com o interior do peixe cozido como é de se desejar. Foi bola dentro, inclusive nos acompanhamentos, como a farofa. A pescada ao molho de camarão também estava supimpa, como diria o meu avô.
Os pescadões do Paraíso. Sem trocadilhos. Mas até merecedores.
Disponível em:
http://pelasruasdebelem.zip.net/arch2008-12-01_2008-12-31.html
pesquisa em 13/08/2010
PELAS RUAS, PRAIAS E COMIDAS DE MOSQUEIRO
Para que não apareçam os que reclamam pela falta de posts gastroturísticos por aqui, vamos logo com dois deles.
Neste, vou contar uma ida ao Mosqueiro. No seguinte, uma aventura bem mais distante das minhas habituais andanças pelas ruas de Belém: em terras paulistanas. Mas ambas com vocação bastante popular.
Na semana passada estive no Mosqueiro, desta feita com a Lara e o Jason, em tour sentimental de quem ama esta terra. Passeio pela ilha, que vem a ser um distrito de Belém, incluindo a Igreja Matriz, para conhecer pessoalmente, eu só a vira em fotos, a nova imagem de Nossa Senhora do Ó, que aparece grávida, e já foi objeto de post neste blog. É bonita mesmo, trabalho de primeira categoria. Parabéns ao artista que a esculpiu, ao Pe. José Maria Ribeiro, que o localizou e aprovou o trabalho, e aos católicos de Mosqueiro, pela bela imagem da padroeira.
Depois, às tapioquinhas e aos mingaus. A barraca da Dalva estava fechada e ficamos em outra, vizinha. Minha dedicação quase religiosa às tapiocas da Dalva e a lembrança do mingau do Tutu, comprometem o melhor esforço de qualquer concorrente. Mas, comemos bem. Afinal, tapioca de Mosqueiro é sempre muito boa. Uma curiosidade: a quantidade de abelhas, viciadonas no cafezinho. Já viu isso? Bastou colocar um copo para elas no balcão e tirar os copos da nossa mesa, que elas mudaram-se.
Passeios outros e lá fomos para a praia do Paraíso, minha preferida de muitos anos, embora prejudicada pela invasão imobiliária no pedaço. A água estava beleza e quem gosta lá meteu-se nela, um público pequeno, bom de conviver. Havia até uma família judia, acho que ele seria rabino, tomando banho rigorosamente dentro das práticas que lhe prescrevem a religião. Bonito. Teve chuva e não saímos de lá - tem coisa mais gostosa do que pegar chuva em praia de rio?
Por causa dos chuviscos o almoço foi no restaurante do Hotel Fazenda Paraíso, debruçado sobre a praia. Da última vez que lá almocei, o famoso pescadão frito, na telha, não havia correspondido, como registrei em post anterior. Mas confiamos. Pedimos também uma pescada com molho de camarão.
Hallelujah! (do Messias, de Handel) seria uma boa trilha sonora, até por ser a semana do Natal.
O peixe estava delicioso. Na verdade os peixes, pois eram dois pescadões, que já começaram enchendo os olhos (confira na foto abaixo) e depois agradaram com ternura o paladar, oferecendo aquele sabor resultante do equilíbrio da arte de temperar, onde cada elemento entra na quantidade exata, com a técnica de fritar, alcançando uma crosta torradinha, que eleva a salivação (até agora, quando escrevo...), mas com o interior do peixe cozido como é de se desejar. Foi bola dentro, inclusive nos acompanhamentos, como a farofa. A pescada ao molho de camarão também estava supimpa, como diria o meu avô.
Os pescadões do Paraíso. Sem trocadilhos. Mas até merecedores.
Disponível em:
http://pelasruasdebelem.zip.net/arch2008-12-01_2008-12-31.html
pesquisa em 13/08/2010
Escrito por Fernando Jares às 01h43
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